Os NFTs, sigla para tokens não fungíveis, já podem ser considerados estrelas de primeira grandeza do mundo cripto. Hoje são tão desejados que alguns deles, como os PFP (Profile Picture Project), chegam a valer muitos milhões de dólares.
Diversas obras desta categoria, inclusive, estão nas mãos de gigantes do esporte e do showbusiness, como o jogador Neymar, o rapper Eminem, a atriz Reese Witherspoon e o apresentador Jimmy Fallon.
Por todos os lados, escuta-se de NFTs - mas você sabe o que são os tokens não fungíveis? Afinal, o que signfica ser fungível? E, além do mais, o que é um token?
Neste post, você vai encontrar a resposta para todas essas perguntas e para muitas outras, que você nem sabia que tinha. Então, continue lendo e vá fundo em um dos tópicos mais quentes - e com mais oportunidades de investimentos - dos dias de hoje!
O que são NFTs, os token não fungíveis?
A sigla NFT signfica non-fungivel token ou “token não fungível” em portugês. Uma NFT é um tipo de token especial que, diferente das criptomoedas, tem um valor único. Ou seja, não existe nenhum NFT igual ao outro.
Hoje em dia, é muito comum obras de arte serem mintadas como NFTs por artistas e designers. Como o mercado cripto é “sem permissão” (ele é permissionless), qualquer usuário da blockchain pode emitir seus próprios tokens não fungíveis conforme queira.
Segundo a firma de pesquisa Nansen, as obras criptografadas já foram alçadas ao “mainstream”, principalmente pela ação das comunidades online. Atividade no Twitter, que passou a permitir que os tokens não fungíveis fossem usados como foto de perfil, conferiram força aos projetos.
No ano passado, o artista Beeple, cujo nome de batismo é Michael Joseph Winkelmann, mostrou ao mundo o que poderia se esperar de um mercado ainda tão jovem e pouco explorado.
Sua obra de arte “Everydays: the First 5000 Days”, emitida como NFT na blockchain da Ethereum, foi vendida por quase 70 milhões USD. O leilão teve lugar em um dos principais templos do trade de arte mundial, a casa de leilões Christie's.
A obra é uma colagem de milhares de imagens individuais que o designer gráfico americano começou a produzir diariamente desde o início de 2007. Ela entra para a história como o NFT mais valioso já negociado, e o primeiro a ser leiloado em uma grande casa de leilões.
A Christie's chegou a publicar em seu site que o NFT era uma garantia da autenticidade da peça. Criptomoedas como Ethereum e Bitcoin foram aceitas como forma de pagamento.
Os NFTs na Blockchain
Depois do DeFi Summer de 2020, a ascensão dos NFTs veio com toda força. O novo hype ainda se fortaleceu pela popularização do GameFi, os jogos que utilizam ativos criptográficos como itens in-game.
Contudo, investidores e o público geral ainda estão tentando entender o que faz esse tipo de token ser o que é. Afinal, o que faz uma imagem digital (ou mesmo uma animação) ser única e valiosa?
A resposta está, é claro, na blockchain - o livro-razão ditribuído e descentralizado onde todos os tokens estão registrados e contabilizados. No nosso contexto, um token é um registro de um ativo digital na blockchain.
No caso de uma obra de arte física, a tokenização pode ser aplicada como uma forma de representação digital da obra real. É isso o que acontece quando a o proprietária da obraopta por vendê-la através de tokenização, criando representações digitais desse ativo.
Por uma lógica matemática, se a obra custar 1 mil USD e ela for representada por uma quantidade de 1 mil tokens, cada token pode ser adquirido pelo investidores iniciais por 1 USD. Os detentores desses tokens passam a ter participação equivalente na propriedade da peça.
Cada token contém um hash único na blockchain que não pode ser corrompido, que serve como uma espécie de identificação na rede. Assim, os metadados desse ativo o diferenciam de todos os outros, mesmo que sejam parecidos.
O que é ser “fungível” e “não-fungível”?
A expressão não fungível se refere aos bens que não são intercambiáveis por outros do mesmo tipo. O melhor exemplo que temos de ativos fungíveis são as moedas.
Tomando uma moeda FIAT como o Real de exemplo, fica claro que uma nota de 100 BRL por sempre ser substitúida por outra nota de 100 BRL ou mesmo por 2 de 50 BRL, 5 de 20 BRL e assim vai.
Um caso bem diferente é o dos artigos de luxo, de coleção e os bens mais raros. Um fabricante de automóveis de luxo pode produzir uma única pela de um modelo. Neste caso, o carro final não será intercmabiável (enquanto objeto de valor) por outro.
Afinal, esse carro será singular em relação a todos os demais, mesmo que sejam modelos fabricados no mesmo ano. Por fim, ele não é um bem fungível, porque não haverá outro igual no mundo que seja uma réplica exata.
Os tokens não fungíveis podem ser representações de ativos físicos ou tangíveis (como obras de arte) mas também podem representar ativos digitais ou intangíveis (músicas, itens de games, poemas e memes).
Não há um limite para o que pode ser tokenizado como um NFT. Na verdade, a imaginação é o limite.
Por exemplo, o primeiro tuíte de Jack Dorsey, cofundador do Twitter, foi vendido como NFT por pouco mais de 2,9 milhões USD. Publicada em 21 de março de 2006, a mensagem dizia “Just setting up my twttr”, que em português seria “Configurando meu twttr”.
NFTs são seguros? E se copiarem o código?
Perguntas como essa são muito comuns para quem está entrando no mundo dos criptoativos. Afinal, entender como pura informação na forma de bits pode ser única e inviolável não é simples.
Os NFTs são tokens e, como falamos, tokens existem como registros em uma blockchain. Então, não é qualquer conjunto de bit que você está comprando. Você está comprando um conjunto de bits protegido pela melhor formade proteção de dados que existe.
Caso adquira uma NFT, a sua propriedade está assegurada em uma cadeia de blocos descentralizada. Esses blocos são protegidos por criptografia de hash e por contratos inteligentes. Para decifrar um bloco, é preciso decifrar todos os que vieram antes.
Assim, se ser impossível não é o bastente, quando mais tempo passa e mais blocos são adiconados à blockchain, o registro da sua propriedade se torna cada vez mais impossível.
Diante disso, reproduzir o código não é possível porque o seu valor vem do fato que ele está na blockchain. E editar blocos é, simplemente, impossível.
A rede Ethereum é hoje a mais utilizada para o desenvolvimento de NFTs. No entanto, há também boas alternativas a ela, como a Solana, a Binance Smart Chain e a Tezos.
Como criar um NFT: um guia completo de ponta a ponta para emitir suas obras de arte digitais
Por ser um ambiente ainda pouco explorado, pode parecer que são necessários incríveis malabarismos técnicos para criar NFTs, mas isso está longe de ser verdade. As plataformas são muito simples de administrar e o processo, descomplicado e rápido. É só seguir o passo a passo logo abaixo para garantir a sua estreia no universo dos tokens não fungíveis.
Tenha uma ideia (muito) boa
Tudo começa com uma boa ideia. Você pode iniciar fazendo uma série de pesquisas na internet para ver o que está rolando no mercado, que tipo de trabalhos estão sendo oferecidos pelos criativos, o que os potenciais compradores do seu futuro NFT estão curtindo, etc.
Depois, reúna os resultados dessas pesquisas, escreva ou esboce suas melhores ideias em um caderno, conceitue-as e mostre para pessoas da sua confiança. Escute opiniões, debata e, então, faça uma seleção.
1. Escolha a melhor plataforma para seu caso
Não são necessárias habilidades técnicas avançadas para criar o seu próprio NFT. Você deve estar acostumado a usar diversas plataformas e aplicativos de navegação simples e intuitiva, e nos marketplaces de tokens não fungíveis não é diferente.
Nas principais plataformas de emissão de NFTs de hoje, não é preciso saber lidar com código para dar vida ao seu projeto.
As plataformas mais conhecidas hoje são a OpenSea e a Rarible. Mas ainda existe uma penca delas, como Holaplex, SuperRare, Foundation e Objkt, por exemplo.
Uma condição comum a todas é ter uma wallet compatível. Na lista das carteiras mais populares para criar seus NFTs nessas plataformas estão:
- MetaMask
- Coinbase Wallet
- Trust Wallet
- Exodus
As taxas cobradas aos criadores variam de plataforma para plataforma. Na Rarible, por exemplo, há a possibilidade até de criar de graça. Note que comissões sobre as vendas também são recolhidas.
Você precisa prestar muita atenção nas taxas para criar seus próprio NFT.
Na OpenSea, por exemplo, as transações rodam no blockchain da Ethereum e, para criar o seu token, é necessário um maior poder de processamento.
Para compensar essa energia, o usuário deve pagar gas fee, que vai depender do momento em que a transação é processada. Dependendo do preço do gas no momento, a tarifa pode ser maior ou menor.
Uma dica para economizar é observar os dias em que o preço de gas estiver mais barato.. Para isso, você pode consultar o GasNow na Ethereum.org
2. Ache sua tribo: invista na construção de comunidade
Na era do criptomercado, as comunidades nas redes sociais têm poder suficiente para levantar ou derrubar um projeto. Então, respire fundo, tome disposição e se prepare para as discussões e bate-papos.
O Discord é um desses recursos inestimáveis para o negócio e já provou que veio para ficar quando o assunto é atingir uma galera volumosa e engajada. O Twitter é outro importante canal para qualquer criptoprojeto.
A sua comunidade será sua maior força de marketing. Portanto, esteja disposto a gerar bastante informação, expectativa e entusiasmo nos grupos.
3. Ache a identidade visual certa
Independentemente do tipo de arte que você deseja criar, existem condições básicas que costumam servir a todos os criadores. Abaixo, você pode conferir essas dicas para começar do jeito certo:
Primeiro de tudo, não tente inventar a roda. Com o que você sabe, pode fazer algo de valor.
Se preferir, invista em alguma tecnologia ou conhecimento extra que acredite ser necessário para dar vida ao seu projeto.
4. Procure trocar ideias com outros criadores.
A que tipo de público se destina a sua arte? Entenda a sua audiência e crie uma comunicação voltada especificamente para ela.
Pesquise os formatos dos arquivos e tamanhos aceitos pela plataforma onde a sua criação será exibida.
Agora, faça acontecer!
5. Hora de mintar seu NFTs!
O processo é super simples. Em geral, as plataformas pedem que os interessados criem perfil próprio, façam upload dos arquivos e a descrição da coleção e determine o valor dos seus direitos autorais, no caso de sua arte ser vendida mais para frente. Por fim, faça a listagem.
6. Boas vendas!
Se chegou até aqui, parabéns! Agora, é hora de fazer os cálculos e decidir quanto você quer por sua obra. Faça uma pesquisa de mercado, reflita sobre o valor que o projeto tem para você e negocie com quem deseja apreciá-la. Boas vendas!