A maior invenção desde a internet aconteceu na virada da segunda década deste século: o Bitcoin, a primeira criptomoeda que veio a público na história. O Bitcoin foi o primeiro criptoativo (um ativo 100% digital) desenvolvido de todos os tempos.
Desde seu misterioso desenvolvimento e a fatídica data do seu lançamento, essa moeda passou por vários momentos diferentes. Muito inspiraram fortes emoções, dentre booms e crashes do mercado. Assim, o comportamento volátil do ativo serviu para dividir opiniões ao longo da sua trajetória.
Até hoje, o Bitcoin já recebeu críticas de instituições financeiras tradicionais, enfrentou a desconfiança do público e alimentou o entusiasmo de nerds e anarco-libertários.
Mesmo com tanto desconhecimento em torno de si, o Bitcoin vem crescendo de forma contínua. Esse ativo digital já valorizou mais de 33.000% em pouco mais de 10 anos de existência e aponta para um futuro ainda mais brilhante.
Por isso, nesse post, vamos falar de tudo o que você precisa saber para começar a entender o Bitcoin e o mundo de possibilidades que ele trouxe para investidores, para empreendedores e para todos que quiserem mergulhar nos ativos digitais!
Continue lendo para saber como aproveitar as oportunidades que esse ativo ainda reserva para o futuro!
O que é Bitcoin?
Para muitos, o Bitcoin é um grande mistério: como funciona? É seguro? É um esquema de pirâmide? É bolha? É uma empresa? e por aí vai...
Esse mistério ainda existe para muitas pessoas não porque o Bitcoin é complexo, mas sim porque ele é um tipo de ativo muito novo. O seu mercado ainda não está “maduro”, no sentido de mercados consagrados ao longo do tempo como o do ouro, equidades, ações, só para citar alguns.
Mas o Bitcoin não é um bicho de sete cabeças. Ele é simplesmente uma nova forma de guardar e transacionar valor no mercado, e uma das mais sofisticadas e inovadoras de todos os tempos.
Como Funciona o Bitcoin em poucas palavras
O Bitcoin é um sistema de dinheiro eletrônico, completamente descentralizado e independente de instituições financeiras. A sua existência é puramente digital e garantida por um sistema de registro distribuído e público chamado de blockchain.
Essa “cadeia de blocos” registra todas as unidades de Bitcoin que existem em circulação e quanto cada usuários da rede possui. Costuma-se comparar a blockchain a um grande “livro-razão” (ou ledger).
Na rede do Bitcoin, esse registro não está depositado em apenas um lugar ou apenas um endereço na internet. Ao invés, esse livro-razão, que é a espinha dorsal do Bitcoin, é distribuído entre todos os participantes da rede (chamados de nodes).
Cada node monitora a rede realizando provas de trabalhos computacionais, que ganharam ao longo do tempo o apelido de mineração. Esse trabalho é assim chamado porque, ao manter a rede segura e funcional, nodes são recompensados com Bitcoin, como se estivessem “minerando” a moeda.
O Bitcoin é completamente privado e sua economia independe de fronteiras e interesses políticos (ao menos diretamente...). Assim, qualquer usuário pode transacionar Bitcoins com qualquer outro de qualquer lugar do mundo, desde que possuam conexão com internet.
Assim, o Bitcoin é uma rede peer-to-peer. Em outras palavras, toda a economia se baseia na relação direta entre participantes. Não existe uma instituição ou autoridade financeira regulando e verificando as transações.
Um dos principais atrativos desse moeda é a sua tokenomics (como se chama a “política econômica”). A oferta total de Bitcoins é fixada em 21 milhões BTC, que serão minerados até 2140, em uma taxa de emissão decrescente.
Assim, o Bitcoin é um ativo deflacionário, ou se torna, que possui uma escassez controlada e fixa. Por isso, muitos investidores de peso já reconheceram o seu potencial como reserva de valor.
Nada mais fácil, útil, inovador e, claro, disruptivo.
A inovação do Bitcoin para os pagamentos digitais
Aqui, o leitor tem todo o direito de se perguntar: “mas já não existe dinheiro digital? Afinal, o que é um cartão de crédito? Grande parte do dinheiro hoje circula de modo digital e através da internet”.
Corretíssimo. Mas existem duas diferenças cruciais entre as criptomoedas como o Bitcoin e o dinheiro transacionado de forma digital, como é o caso de cartões de créditos, transferências, PIX, entre outras:
- O Bitcoin não tem lastro em nenhuma moeda física e em nenhum outro ativo físico, como o ouro por exemplo. O Bitcoin existe de modo independente de todos os demais ativos e de modo puramente digital. Desse modo, o seu valor só depende dele próprio e da avaliação que o mercado faz dele.
- O Bitcoin não depende de uma instituição financeira como o Banco Central (no caso do PIX), de um banco particular (no caso de transferências) ou de uma empresa como o PayPal, Visa, Western Union etc. (no caso de cartões de créditos e outras formas de pagamento digital) para ser autenticado e confirmado.
Portanto, o Bitcoin foi um advento para a economia digital extremamente inovador, que trouxa uma forma de gastar e guardar dinheiro de uma forma que nunca existiu antes.
Mas para conhecer mais a fundo o Bitcoin, é preciso conhecer a sua história! É só continuar lendo!
A história do Bitcoin
Lançamento
A vida do Bitcoin começa em um momento muito delicado para o mercado: no auge da crise financeira de 2008.
A surpresa e as consequências da falência do banco Lehman Brothers, no dia 15 de setembro de 2008, estavam longe de ter passado quando um misterioso usuário da internet publicou um whitepaper que mudaria o mundo para sempre.
O documento foi publicado no dia 31 de outubro de 2008 e explicava o modo de funcionamento do Bitcoin. Um whitepaper é um documento técnico, cujo objetivo é explicar um projeto ou um produto, que pode ser um software. No caso, o título era “Bitcoin: um sistema de dinheiro eletrônico peer-to-peer”.
O autor do documento se autodenominava Satoshi Nakamoto, aparentemente um desenvolvedor com vastos conhecimentos de economia, criptografia e do sistema bancário mundial.
Até hoje, não se sabe quem é Satoshi Nakamoto, nem se realmente é uma pessoa ou se é, na verdade, um grupo de pessoas. De todo modo, essa foi a primeira vez que o termo “Bitcoin” foi usado na história.
A rede vai ao ar
A rede do Bitcoin não viria a público até janeiro de 2009, quando os primeiros nodes foram ligados. Satoshi Nakamoto, quem quer que seja, operava parte desses nodes no início.
O princípio do Bitcoin foi recebido com entusiasmo por desenvolvedores e por pessoas frustradas com o sistema financeiro global após a crise de 2008. A ideia de uma moeda digital livre das amarras de instituições financeiras atraiu muitos insiders de tecnologia e criptografia.
Mesmo assim, ainda levaria muito tempo para que esse criptoativo ganhasse aceitação fora de nichos muito específicos e, mais ainda, se tornasse mainstream (o que até hoje ainda não aconteceu).
A primeira transação
Durante um ano, as transações de Bitcoin que ocorreram na rede não tinham caráter comercial. A primeira transferência desse criptoativo para compra e venda de produto só aconteceu em 22 de maio de 2010, quando o Laszlo Hanyecz gastou 10 mil BTC em duas pizzas de uma pizzaria local, o Papa John’s.
A história é contada hoje como uma anedota. Afinal, o valor dessas duas pizzas seriam hoje uma fortuna multimilionária.
O crash de 2017/2018
De 2010 até 2018, muitas águas rolaram com o Bitcoin. Um dos episódios mais fortes na memória do público e de investidores foi o crash de 2017/2018.
O episódio foi um misto de euforia, adoção por pequenos investidores e atenção midiática. Tudo isso junto empurrou o preço do ativo para cima, até que, em um certo momento, muitos investidores resolveram colher os lucros.
Enfim, isso aumentou a pressão de venda do Bitcoin e fez seu preço cair tão rapidamente quanto subiu. Esse não foi um dos melhores momentos da história das criptos, mas felizmente já está superado.
Afinal, o Bitcoin e outras criptomoedas já voltaram a valorizar desde então e, inclusive, já ultrapassaram as máximas do pico de mercado de 2018.
Institucionais, reguladores, curso legal... e muito mais
O ano de 2020 foi um ponto de viragem para o Bitcoin. Neste ano, foi realizado o primeiro investimento de uma empresa de capital aberto na criptomoeda.
A pioneira em trazer o Bitcoin para sua estratégia foi a Microstrategy, que anunciou a compra de 21.454 BTC no dia 11 de agosto de 2020, o equivalente a cerca de 250 milhões USD naquela época.
No mês anterior, a empresa já tinha falado sobre planos de usar o Bitcoin como uma forma de proteger da inflação que seguiria as medidas de assistência usada por países ao redor do mundo para conter a crise do SARS Covid-19.
Desde então, tanto a Microstrategy quanto outras empresas de peso resolveram adotar essa estratégia. O episódio mais impactante, certamente, foi o anúncio da compra de 1,5 bilhões USD em Bitcoins pela Tesla, dito pelo próprio Elon Musk através da sua conta do Twitter.
O próprio Musk se revelou um investidor de Bitcoin, o que ajudou muito a dar mais visibilidade para a criptomoeda desde então (apesar de que sua influência nem sempre foi “benéfica” para o mercado, diga-se de passagem).
O aumento da adoção institucional de Bitcoin é importante para validar o valor da criptomoeda, ajudando o mercado a amadurecer. Essa mudança também foi acompanhada pela aceleração dos debates de regularização do Bitcoin por parte do órgão fiscais, o que, mal ou bem, ajuda na maturação do mercado.
Enfim, o ano de 2021 também trouxe o primeiro país a adotar o Bitcoin como moeda de curso legal: o centro-americano El Salvador. Os benefícios para esse pequeno país em desenvolvimento são muitos, mas principalmente o combate à inflação, regularização de um ativo que pode facilmente ser transacionado internacionalmente.
Agora você sabe todos os pontos mais importantes sobre a primeira e a maior criptomoeda do mundo! Chegou a hora de avaliá-la como um investimento. Para isso, sinta-se livre para ler os outros conteúdos dos blogs e se inscrever na nossa newsletter diária, o Bitcoin Hoje!