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Carteira de Criptomoedas: Entenda o que são as Wallets e como Funcionam

As Wallets, ou carteiras de criptomoedas, são a sua porta de acesso à blockchain e o principal instrumento de proteção do seu investimento em ativos digitais. Veja aqui como elas funcionam e como usá-las!
24/8/2022
Criptomoedas

Moedas digitais como o Bitcoin vieram para transformar o mercado financeiro, o comércio online e até mesmo as suas finanças pessoais! Contudo, não é todo mundo que entende exatamente o que é uma moeda digital e, principalmente, como funcionaativos digitais.

Uma das primeiras dúvidas de quem entra no mercado de criptomoedas é “como elas são armazenadas?”. Afinal, se uma moeda digital é digital, como você pode garantir a sua segurança e que ninguém mais além de você tenha acesso a esses fundos?

A resposta são as carteiras de criptomoedas - também chamadas de wallets ou mesmo de crypto wallets! Por isso, nesse post, vou explicar tudo o que você precisa saber para entender como carteiras de criptomoedas funcionam e como criar a sua e começar a investir em Bitcoin!

O que é uma Carteira de Criptomoedas?

Uma wallet (ou carteira digital) é um conjunto de dados criptografados que guardam chaves de acesso a um endereço na blockchain. Através da wallet, usuários garantem a segurança e a exclusividade de acesso aos seus fundos em criptoativos, como Bitcoin e outras criptomoedas.

Na sua forma real, ela é um arquivo com vários hashes que identificam um endereço e as permissões para receber e enviar transações dos tokens da rede.

Chaves de acesso

Diferente do que muitos podem pensar, os Bitcoins depositados em uma carteira não “estão” nessa carteira. Todos os Bitcoins (e todas os outros criptoativos) são, na verdade, registros na blockchain.

Esse registro descentralizado contabiliza todas as moedas existentes, o seu histórico completo e os endereços de usuários que atualmente as possuem. Então, o que garante a posse de um Bitcoin, na verdade, é uma chave de acesso.

A criptografia usada pela blockchain para organizar os endereços utiliza uma chave dupla de acesso: uma pública e outra privada. Essa tecnologia é feita usando criptografia de curva elíptica, uma função especializada de criptografia de hash.

A chave pública é o endereço da carteira de criptomoedas na blockchain e o código que é usado para ela receber fundos. Assim, a chave pública é como a sua chave PIX: ela serve para ser compartilhada para seus para enviarem tokens BTC para você.

Por outro lado, a chave privada é um código ao qual apenas você tem acesso porque é o código usado para gastar Bitcoins. Essa chave prova a sua posse sobre os fundos depositados nesse endereço, através de criptografia de hash.

Detendo a chave privada de uma carteira, você é quem a controla e quem possui de fato todos os fundos nesta wallet.

Seed frase, a frase semente

A chave privada é um hash impronunciável e imemorizável, que só serve para computadores. Por isso, as wallets usam funções que criptografam a sua chave privada nas chamadas seed phrases.

Frases semente são sequências de palavras (ou “strings”) que codificam a chave privada de acesso a um endereço na blockchain. Ela garante a posse e o controle dos fundos em uma carteira digital.

Essas frases sementes podem ter dezenas de palavras e a maneira mais segura de guardá-las é ao escrevê-las em uma folha de papel. O mais seguro é escrever à mão e não passar essa informação em nenhum programa de edição de texto ou impressora. Nunca se sabe o que pode ficar armazenado.

Como blockchains são redes descentralizadas, não há uma autoridade central que organiza as chaves de acesso e armazena para os usuários. Quando você cria uma wallet, apenas você possui essa frase semente ou essa chave de acesso privada.

Por isso, caso você a perca, você perdeu seus fundos para sempre. Não existe a opção “esqueci minha senha” para recuperar o acesso. Por isso, muito cuidado e, se precisar, faça mais de uma cópia a mão da sua chave de acesso e as mantenha muito bem guardadas.

Por que Usar uma Carteira de Criptomoedas?

Para investir em criptomoedas, não é preciso de uma wallet. Contudo, se você quiser ter criptomoedas (efetivamente ter a posse de criptoativos), você precisa de uma carteira digital própria.

Como comprar Bitcoin

Bom, para começar a investir em criptomoedas, é preciso comprá-las. Existem dois meios de se adquirir Bitcoin:

  1. Comprando diretamente de outros usuários em mercados P2P (peer-to-peer). Esse método requer muita confiança na outra parte e não é muito recomendado para quem está apenas começando a conhecer as criptomoedas.
  2. Comprando em corretoras centralizadas (CEX). Esse é o modo mais parecido com as aplicações financeiras tradicionais. O usuário faz uma conta usando seus dados pessoais na instituição e tem acesso a mercado de Bitcoin e outras criptomoedas.

Também há um terceiro, que é minerando o Bitcoin. Se quiser saber mais sobre mineração, tenho um conteúdo feito especialmente sobre esse tema para tirar todas as suas dúvidas!

Por último, também existe um quarto, que é a compra em exchanges descentralizadas (ou DEXs). Esse método requer mais conhecimento sobre protocolos DeFi e outros assuntos mais avançados. Por isso, é melhor que iniciantes escolham um dos primeiros modos que falei acima.

A Importância das Carteiras Digitais

Se você optar por comprar Bitcoin no modo P2P, você necessitará criar uma carteira para receber os fundos. Se você optar por criar uma conta em uma exchange, ela mesma criará uma carteira de criptomoedas para você.

Contudo, existe um “problema” quando você possui fundos depositados nessa conta em uma exchange: a instituição é quem possui as chaves de acesso privada aos seus fundos.

Isso cria certos riscos, porque você depende da sua confiança na exchange. Além disso, existe a possibilidade de ela ser hackeada e seus fundos serem desviados.

Por isso, muitos usuários de cripto gostam de repetir: “Not your keys, not your coins”, ou “se a chave não é sua, as moedas não são suas” em bom português.

Se você possui grandes fortunas em criptoativos, obviamente é melhor armazená-las em endereços próprios, aos quais apenas você tem controle. Se você está começando e tem poucos criptoativos, não tem problema deixar em uma corretora de confiança.

Para garantir a segurança, escolha uma corretora consagrada pelo mercado e pelos usuários. Não deixe de fazer uma pesquisa e busque saber sobre episódios de crise e políticas de proteção ao investidor.

Os principais tipos de wallets – e como escolher a sua!

Existem vários tipos de carteiras digitais no mercado. Para entender essa diferenças e escolher a sua, não deixe de conferir o restante do post!

“Quente” ou “fria”

Existem dois tipos de carteiras de criptomoedas principais: online e offline. O primeiro tipo é chamado de Hot Wallet (“carteiras quentes”), porque está continuamente conectado à internet. Em contraposição, o segundo é a Cold Wallet (“carteiras frias”), armazenando fora da internet.

Quanto à vulnerabilidade a ataques, é fácil entender que carteiras frias são mais protegidas do que carteiras quentes porque é impossível acessá-la sem uma conexão com a internet.

Soft ou Hard

Além disso, as carteiras digitais ainda podem ser do tipo software ou hardware. Respectivamente, podemos chamá-las de soft-wallets e hard-wallets.

As hard wallets mais populares são as da Trezor e da Ledger, que possuem diferentes modelos, com suporte para diferentes criptomoedas.

Também é possível armazenar as chaves de acesso em um disco rígido externo. Todavia, isso é extremamente desaconselhado, uma vez que HDs podem ser perdidos, podem parar de funcionar ou corromper os arquivos, fazendo você perder seus fundos.

Full ou Light

As soft-wallets são a maioria no mercado e podem ser operadas em desktop ou em smartphones. Existem modelos full (que além de guardar suas chaves, operam um node completo de mineração) e modelos light (que guardam as chaves sem minerar a moeda).

Monoativo ou multiativos

Por fim, podemos dividir as carteiras em single-asset (monoativo) ou multi-asset (multi-ativos). As primeiras têm suporte para apenas um único ativo ou criptomoeda, enquanto as outras possuem ativos para mais de um.

As carteiras single-asset foram as primeiras a serem desenvolvidas. A primeira, é claro, foi a Bitcoin Core, usada para operar um node de mineração completo do Bitcoin. Modelos compatíveis com Linux, Windows ou Mac podem ser baixados no site bitcoin.org, mas requerem máquinas muito potentes.

Carteiras multi-asset foram criadas para permitir usuários centralizar seus controle quando investem em várias criptomoedas. Todas as corretoras de criptomoedas oferecem carteiras multiativos e existem muitas opções populares hoje em dia, como a Exodus, MetaMask, Trust Wallet, Atomic Wallet e outras.

Para escolher sua wallet, pesquise a sua reputação, seus recursos e se ela dá suporte a todos os criptoativos que você pretende armazenar. E, claro, se sua fortuna em cripto for maior, é uma boa ideia distribuí-las em mais de uma carteira de criptomoedas.

Enfim, para saber mais sobre como manter seus criptoativos seguros, é só ficar de olho aqui no blog!

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